Somos bombardeadas
diariamente pelas deusas da capa, fotos de garotas perfeitas e maravilhosas que
em todos os momentos nos fazem refletir sobre a nossa aparência. Propaga-se uma
perfeição infundada e irreal de pessoas espectrais, que logo imaginamos a sua miragem
como real. Somos consumidas por um padrão de beleza e culto ao divino que gera
uma insegurança para aquelas que acreditam nesse mundo fictício.
O lábio perfeito, a simetria
da face, músculos torneados, corpos esbeltos, cabelos cor de fogo, são os
desejos de todas as mulheres que buscam se adequar aos padrões estabelecidos pelo
universo fútil do inútil submundo da devoção a ilusão.
A busca incessante pela
estética padronizada e embalada pela mídia pode distorcer o nosso olhar sobre o
que realmente importa para sermos felizes. A doença, projetada pelo ego
delirante, culpa o inconsciente e causa uma insatisfação incontrolável estampada
pelos zumbis humanos que cruzamos pelas ruas.
Nem tudo o que vemos de
perfeito representado nas belas imagens das revistas de moda traduzem o que na
realidade é visualizado. Efeitos de photoshop corrigem até o que muitas
vezes passa despercebido. Modelos lindas e com corpos esculturais existem e são
reais, mas a plenitude de um ser não. Ninguém é livre de imperfeições. Somos
seres imperfeitos que precisam se sentir satisfeitos.
A consciência é o nosso
discernimento no mundo perceptivo, e conceber que somos exatamente
perfeitas e únicas nos torna os seres mais fantásticos nesse mundo distorcido
em que habitamos. Procurar internamente a nossa essência nos projeta exatamente no
espaço entre os demais.
Estabelecer um elo interno
de prazer e satisfação com aquela que enxergamos diante do espelho só depende da
vontade em desenvolver o nosso amor próprio. Devemos estabelecer um
equilíbrio emocional interno para perceber que nossas relações significam o que transmitimos, por esse motivo mantemos um vínculo fraterno com as outras
pessoas e a nossa aparência pouco importa quando de fato tocamos o coração daqueles
que amamos.
Deus é tão magnífico que criou cada ser sui
generes e incomparável. Buscar no outro o que nos “falta” é o inverso do
desígnio divino. Somos belas exatamente pelo que possuímos de singular. Valorize
o que de fato importa: ser quem somos em qualquer circunstancia nos amando e
respeitando as nossas particularidades.
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