Perda Carnal



Vivemos em um mundo em que sofremos muito com as perdas vivenciadas em nosso cotidiano. 

Perdas materiais, um emprego, um animal de estimação, um ente querido. Os ocidentais são criados para momentos de felicidade, para festas e comemorações. Aguardamos várias datas ao longo do ano que demonstram essa realidade. Passamos a maior parte de nossas vidas em busca de emoção, prazer e sentimentos agradáveis. 

Somos muito existencialistas. 

Percebemos o quanto se torna difícil enfrentar situações desconfortáveis e tristes. 


Saber lidar bem nessas situações é extremamente raro e demonstra maturidade emocional. Cada fase vivida é percebida como um momento para crescimento individual e não deve ser prolongada.

Os momentos de luto são aqueles instantes em que a falta de algo ou alguém se exterioriza através de nossos sentimentos mais íntimos. O que nos torna tão pequenos quanto a nossa própria pequenez. Esse período não deve ser supervalorizado, mas devemos respeitar o momento de dor daqueles que sofrem. 

Devemos estar atentos aos fragmentos percebidos e tentar reverter esse instante de luto, pois nada na vida causa tanto impacto quanto a perda de alguém que amamos.

Não existe metade de uma dor, sofremos por inteiro, somos absorvidos por sentimentos de impotência e pela nossa própria finitude.  Somos envolvidos por uma cratera que consome nossa alma sem deixar vestígios. Manter a nossa rotina e tentar realizar as nossas atividades cotidianas torna-se uma missão quase impossível quando vemos nossos laços diluídos. 

A vida é um eterno ciclo em que percebemos variações e sobrevivemos entre lições de perdas e ganhos. Parece que sofremos provações para amadurecermos como seres racionais. 

Que tenhamos a capacidade para suportarmos a angustia de uma partida fúnebre.

Vivemos para morrer. Nossa única certeza na vida é que ela tem um fim. E a maneira como conduzimos as nossas ações é que determina como seremos lembrados no momento em que não estivermos mais nesse espaço terreno. Por esse motivo seja intenso, ria, viage, ame, cresça, seja você mesmo, se importe menos com as opiniões alheias, abrace mais, conduza os instantes de amizade e felicidade. Viva no amor!

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