Em uma conversa despretensiosa, daquelas sem compromisso com tempo ou qualidade dos dizeres, uma pulga se instalou atrás de minha orelha que desde então vem latejando pedindo atenção. O assunto era variado, envolvia viagens, devaneios sobre a vida, desapego material e emocional, metas e objetivos profissionais, pessoais, enfim, um bate papo muito eclético. A troca de ideias fluía muito bem e me coloquei a repensar sobre o que tenho feito, como tenho feito e para que tenho feito. Pronto, a pulga começou a se movimentar aguçando ainda mais o insuportável do meu espírito questionador. Sim, chato mesmo, aquele que me tira da zona de conforto de fazer tudo no "modo automático" sem pensar dos efeitos a longo prazo. As perguntas brotavam em minha cabeça como o vinho brotava em minha taça. O pensamento ia e vinha, ora concordando, ora discordando da retidão do caminho que venho seguindo. E, no ápice da conversa, a pergunta mais avassaladora, desapegada, mas ao mesmo tempo capciosa: vale a pena? Sim, no presente, pois quando partimos para o campo do futuro nada é certeza, nada é concreto, apenas probabilidades. Então foco no presente e na análise dos valores a ele envolvidos. Se vale a pena, sim, então continuo na luta. Faltam vantagens? Então viro a página e sigo em outra direção. O importante é ser feliz, alguém disse...e a pulga sutilmente pulou para a orelha de outra pessoa.
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