Na batalha diária por
reconhecimento e vitórias, muitas vezes deixamos de lado a preocupação com os
sentimentos. Tornamo-nos duras, objetivas e ignoramos as sensações. Desviamos do
emocional e nos vinculamos fortemente ao racional. Racionalidade que
acreditamos ser a chave do sucesso, ela que sempre nos despeja eventos
concretos e efetivos.
Em meio a esse turbilhão de
verdades, aonde se aloja o sentimento mais puro e conservador de felicidade e
anseios? Por onde andam as alegrias e os devaneios? Estariam eles esquecidos em
algum lugar do coração, ou apenas adormecidos em latente vida estranha?
Lutamos contra a imaginação que
se fertiliza em um segundo apenas, nos inebriando de carinho e medo. Estamos
ficando duronas, ou apenas escondendo os sentimentos? Somos mulheres fortes, conscientes
da vida...temos força que nos seca e força que nos invade a alma.
Estaríamos simplesmente deixando
de lado boa parte do nosso ser mais íntimo, ou apenas apurando o viés da
clareza? Certeza não temos de nada, acreditamos e ignoramos premonições.
Estamos frias e calculistas, e ao mesmo tempo doces e apaixonadas.
O que nos falta é tempo para
refletir, pensar nos nossos desejos e lutar pelos afetos. Nossas vidas são como
uma receita, precisamos de todos os ingredientes bem dosados num equilíbrio
perfeito.
Objetividade não exclui paixão.
Racionalidade não afasta a intuição. Seres humanos vivem do amor, se norteiam
pela fé, se nutrem pelo ódio. Precisamos unificar objetividade e vida em uma só
palavra, em uma só atitude.
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