Temos medo de não ter com quem dividir nossas aflições, de não ter um ombro amigo para chorar e de não nos confortar nos braços de nossos amores.
Com medo da solidão não damos um passo à frente, não ousamos radicalizar e nem queremos nos aventurar sozinhas. Evitamos o autoconhecimento que decorre da solidão. Desejamos sempre estar e contar com alguém, nem que para isso fiquemos presas em quem não nos merece.
A solidão nos amarra em
casamentos, nos vincula a companhias não tão boas, nos enche de compromissos
não tão prazerosos. Mas o que quase nunca percebemos é que nem sempre ter
companhias nos supre. Muitas vezes estamos mais sozinhas casadas e numa roda de
amigas do que nunca.
Sozinhas podemos ir ao cinema, e
assistir ao filme que mais nos interessa, e não aquele escolhido pela
companhia. Podemos tomar uma taça de vinho e escutar nossa música predileta.
Podemos fazer uma caminhada e refletir sobre nossa semana. Cozinhar para nós
mesmas, colocar a mesa e sentar sozinhas.
A solidão é uma escola, deve ser
estudada e usufruída. A solidão nos eleva e nos ajuda a meditar em prol da
evolução. Precisamos perder o medo e até mesmo o preconceito de andar por aí
sozinhas. Somos nossas maiores admiradoras, somos nossas próprias líderes e
nossas únicas amantes.
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