Constatações

Se somos fracas? Por vezes sim, mesmo quando nos acreditamos insuperáveis. Se somos amáveis? Dominamos as emoções e conseguimos externalizar um pouco de empatia, nem que seja por insistência. Se somos realistas? Claro! Acreditamos numa vida cor de rosa e nas maravilhas do mundo. Nos contentamos com as belezas externas e, logo acordamos para a dureza do ser humano. "Se" somos realistas...Se somos úteis? Tentamos, nem que seja aos nossos próprios planos egoístas. Mas, somos com certeza úteis "aos" que amamos e úteis "ao" que amamos. Se somos honestas? Definitivamente, nosso perfeccionismo nos reforça a verdadeira honestidade. E diante da apuração dos fatos, nos cobramos e nos punimos. Se somos verdadeiras? A depender da situação, da conveniência, do envolvimento...não, buscamos constância na verdade, embora nem sempre acreditamos nela. Se somos batalhadoras? Algumas de nós sim, outras acreditam ser, sem nunca terem sido. 

Se somos uma só? Com toda a fraqueza, amabilidade e com todo o realismo e utilidade. Sim, com fundamento na honestidade, na verdade e na batalha! Somosumaso. 

Nunca Desista!

Aproveitar cada segundo da vida é lutar pelo espaço e tempo que nos são oferecidos constantemente. Sempre há a possibilidade de rever as decisões e assumir um novo rumo em direção ao futuro. Várias portas vão sendo abertas e fechadas a todo momento e, dependendo do estado de espírito e do carisma do instante, vamos decidindo como nos guiar. A vida vai dando voltas e as portas se alternam novamente, nos chamando a atenção para valores até então adormecidos, interesses novos ou ainda latentes. Nada pode e nada deve ser tomado como extremo, nenhuma decisão inclusive. Precisamos estar conscientes de que a nossa vida muda de rumo  a cada esquina, sob pena da monotonia esvaziar nosso sentimento de satisfação. Estamos vivos para tentar, testar, errar, aprender, lutar e sentir prazer, mesmo para que para isso seja necessário chorar, gargalhar, arrepender, mudar de ideia, mas nunca, nunca desistir! 


Inteligência Emocional

Somos seres do impulso, contaminados pelos sentimentos mais diversos que travam enormes batalhas em nosso insconsciente. Frequentemente nos pegamos em situação de extrema impaciência, muitas vezes com pensamentos de raiva e inquietude emocional. A partir daí, os mais pequenos detalhes se tornam gigantes em nossa percepção, nos tornando mais desapontados e instáveis momentaneamente. Esfriar a cabeça se torna um trabalho árduo, pois os sentimentos negativos prejudicam nossa compreensão dos fatos, nos tornando insensíveis ou até mesmo rígidos em excesso. Exigimos os resultados e não nos contentamos com os desvios. E em meio a toda a luta emocional que ocorre dentro de nossos peitos, nos escapam palavras tortas, caras fechadas, expressões de incômodo e posturas de irritabilidade. Toda essa manifestação nos consome e desconstrói frente às pessoas com quem convivemos, nos rotula e nos torna inacessíveis. Precisamos de força e controle emocional para não nos abalarmos com os obstáculos do dia a dia, para não sermos corrompidos por sentimentos que não nos pertencem, para não nos fecharmos diante de situações favoráveis e potencialmente agradáveis. Precisamos dominar nossos impulsos, controlar nossos picos de raiva, aliviar a tensão, descontrair os músculos, relaxar as expressões faciais e estampar tranquilidade no corpo! Isso sim é controle e dominação! Isso é demonstração de força, foco e fé! Isso é inteligência emocional.


Identidade Única





Batalhamos diariamente para criar nossa própria identidade e nos fazer presentes no meio em que vivemos. Temos todas nossas diferenças e acreditamos nelas para desenvolver algo maior. Sabemos que as peculiaridades de cada pessoa são importantes e essenciais para os relacionamentos, mas a convivência diária muitas vezes nos faz perder o encantamento inicial, de forma que as características, antes tão atraentes, passam a representar meros defeitos. E essa nova visão nos torça céticas quanto à evolução alheia. Passamos a desacreditar no sucesso e no avanço, por estarmos simplesmente contaminadas por críticas. E pior, passamos a expor essas críticas na nossa forma "honesta e construtiva", no intuito de melhorar e ajudar o outro, enquanto na realidade, não percebemos que estamos completamente cegas e enganadas quando às conclusões a que chegamos. Muitas vezes, o objeto do desapontamento é exatamente aquilo que existe de incompleto em nós mesmas e que, por sua vez, expõe nossos próprios defeitos, que até então escondíamos. Precisamos ser maduras o suficiente para não julgar e não desmerecer o comportamento alheio, para nos libertar da visão pequena que nos impede de ver os potenciais, e, com isso, compreender que as diferenças não tornam uma pessoa melhor ou pior, mas simplesmente: única.

Impressões



Somos resultado de uma mistura de impressões diversas que produzimos e absorvemos nas mais variadas situações. Diariamente, vamos cumprindo nossos roteiros, desenvolvendo nossos planos e lidando diretamente com pessoas distintas, com as quais nos relacionamos para contribuir, aprender, ensinar, construir, divertir e amar. Porém, muitas vezes, as impressões emanadas destas relações nos corrompem a lógica criando fantasmas inexistentes. Somos contaminadas por impressões de que não estamos agradando, impressões de que não estamos sendo suficientemente amáveis, ou suficientemente produtivas. Temos impressão de que algo está errado, mas não conseguimos identificar o que, nem o motivo. Ficamos impressionadas com pequenos gestos alheios que parecem por vezes rudes, amáveis demais, desagradáveis, ou ainda muito pretensiosos. Nos exigimos cada vez mais, pois queremos passar uma impressão de controle absoluto, de perfeição - aquela que já aprendemos que não existe. Buscamos interpretar ações, palavras e atitudes, de forma que nos colocamos no centro da atenção de uma roda da qual não fazemos parte. E assim,  não passamos uma boa impressão, e com isso sofremos ao interpretar um simples bom dia, ou pequenas mudanças de gestos. E basta um dia de reflexão para que possamos reorganizar as ideias e retomar nossas certezas. Percebemos que não precisamos impressionar ninguém, nem podemos nos deixar impressionar pelos outros. Sensações são meras sensações, não concretizam atitudes. Seguimos então sendo nós mesmas, com nossos próprios medos, nossos comportamentos típicos e nossas manias antigas. Continuamos sinceras nos nossos relacionamentos, agindo do nosso modo peculiar, dizendo o que pensamos sem nos impressionar com o externo e sem importar com as impressões que podemos causar.