Somosumaso no outubro rosa


Envolvidas até a cabeça na causa da luta contra o câncer de mama, Somosumaso saiu em busca de vivências e relatos pessoais de mulheres que conseguiram superar o diagnóstico e voltaram a viver tranquilamente nos seios de suas famílias.

Com muito cuidado e delicadeza, procuramos entender os sentimentos envolvidos com o tratamento contra o câncer e procuramos identificar quais as perguntas mais frequentes das mulheres recém-diagnosticadas, de forma a ajudar outras mulheres que passam ou passarão por situação semelhante.

Acreditamos no poder da mente sobre o corpo físico e compreendemos que cada mulher deve ser tratada como única e respeitada durante sua jornada.

E apresentamos aqui o emocionante relato de D. Margarida, uma senhora muito querida, amiga e incentivadora do Somosumaso, dotada de enorme força e incrível coragem para expor seus sentimentos e dividir com outras mulheres o aprendizado que a cura lhe proporcionou.

Desde já, agradecemos do fundo do coração a essa vitoriosa Mulher que há muito conhecemos em outra situação de batalha pela vida!










O que passou pela sua cabeça no instante imediato em que recebeu o diagnóstico? E nos momentos seguintes?

No instante imediato eu senti insegurança e medo quanto ao sucesso do tratamento. Com o tempo fui me acostumando com a ideia. Por ter sido no início, eu sabia que o tratamento não seria fácil, mas bem sucedido.

A Sra. acredita que o conhecimento que possuía antes do diagnóstico era suficiente à prevenção?

Sim. Pois conhecendo o corpo, qualquer modificação é perceptível. Foi dessa forma, através do autoexame, que eu descobri o nódulo na mama.

A Senhora acredita que as mulheres hoje em dia estão realmente esclarecidas sobre os exames preventivos? Se não, seriam falhos os meios de comunicação, as campanhas ou as políticas de saúde?

Na minha opinião, as campanhas estão conscientizando as mulheres, mas as políticas de saúde muitas vezes são falhas. Além disso, também existe a questão da falta de tempo das mulheres de procurarem um atendimento especializado.

Em algum momento lhe faltou esperança? O que a Senhora diria a outras mulheres que atualmente estão na luta diária contra o câncer?

Em momento nenhum me faltou esperança, pois sabia que estava sendo bem acompanhada pela equipe do Hospital. Procurei ficar o mais tranquila possível, mesmo durante as internações, devido à baixa imunidade. Procurei também ocupar meu tempo fazendo coisas que tornavam a situação mais suave.

Digo a outras mulheres que tenham fé e que tenham certeza que o tratamento será bem sucedido. É necessário manter a calma e ocupar a mente com atividades que as deixem alegres, assim o problema será enfrentado com menor dificuldade.

Quais as mudanças que a Senhora percebeu em seu corpo que afetariam a vaidade feminina e acredita que interferem na "virilidade" feminina?

Foi minha opção ter feito a mastectomia total. Em nenhum momento me sinto mal por ter retirado a mama para o sucesso do tratamento. Não tenho vontade de colocar prótese, estou bem e procuro compor a falta do seio de outra forma, por exemplo, com sutiãs de silicone.

O que a Senhora acredita ter sido a causa de sua doença? Algo físico ou emocional? Seria o câncer um carma?

As coisas nos acontecem para que possamos aprender e cumprir a nossa missão aqui na terra.

A Senhora se envolveria em uma campanha efetiva contra o câncer de mama nos dias de hoje? 

Sim, porque posso servir como um exemplo.

O que a Sra. pensa sobre a campanha "outubro rosa"? Acredita em sua efetividade?

Acho válida, mas a campanha deveria ser feita durante o ano inteiro e em todos os locais. Principalmente com pessoas menos esclarecidas.

O a motivou a continuar tão serena durante o tratamento?

O amor à minha família, e, principalmente, a mim mesma.

Em uma reflexão de sua história, quais foram as situações de maior dificuldade e quais as que a trouxeram mais alegrias?

As maiores dificuldades foram as três internações, devido à baixa imunidade que a quimioterapia pode causar. Meu histórico de saúde também já não era favorável, o que fez com que as internações fossem muito longas e sofridas.

A companhia e carinho da minha família e de nossos amigos. Revi pessoas que há muito não encontrava e pude perceber como existem pessoas boas nesse mundo. (Alegrias)

Pensar em Deus para você é:

Tudo.

O que te motiva a viver?

O amor.

Qual é o seu lema de vida?

Paciência, Viver, ser feliz e cooperar com a felicidade de outras pessoas.

Em algum momento você já pensou em desistir?

Nunca!

Como foi contar para sua família o diagnóstico? Qual a reação de todos?

Minhas filhas estavam comigo na hora que a mastologista confirmou o que elas já previam. No momento, a reação foi de tristeza, mas ambas ficaram confiantes e me passaram força e segurança.

Quais os conselhos você daria para as nossas seguidoras?

Que façam o autoexame de mama e, anualmente, vão ao ginecologista para fazerem o exame preventivo. E que, se forem diagnosticadas, que se mantenham calmas, procurem ocupar o tempo com as atividades que gostam e evitem pessoas negativas.



2 comentários:

  1. Linda minha amiga Margarida!!! Um exemplo, de verdade! Sempre sorrindo!!!

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    1. Bom dia Adriana, realmente a nossa querida Margarida é uma pessoa iluminada e um exemplo a ser seguido. Obrigada pelo carinho!! Abraço, somos uma só.

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