Despedidas


           

Despedidas nem sempre são tranquilas. Passam do choro ao abraço, do melodrama à tristeza e, muitas vezes, ao alívio. 

Despedidas encerram ciclos e reiniciam simultaneamente novas fases. Não nos acostumamos a despedir, frequentemente temos a sensação de perda, de distanciamento, mesmo que o ciclo seja breve. Não há padrão nas despedidas, cada um se comporta de uma forma, com determinado sentimento, com determinada reação. 

Partidas e chegadas intensificam o coração, aquecem e esfriam, aceleram e desaceleram. São filhos viajando para intercâmbios, amigos partindo para novas aventuras, irmãos nos deixando para iniciar novos projetos, maridos e esposas viajando a  trabalho. 

Não importa a situação, despedidas são sempre um turbilhão de emoções, por vezes incontroláveis, outras amigavelmente aceitáveis. 

Fato é que neste momento todas as implicâncias desaparecem num passe de mágica, todo o rancor ou os desacertos do dia anterior se desintegram e somente a possibilidade da ausência ocupa todo o pensamento. 

O amor ressurge imenso e ardido, desta vez não correspondido pela distância. E na despedida lágrimas são trocadas, assim como abraços e carinhos, declarações são realizadas e o amor é mais uma vez comemorado. 

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