No século XVI, com a chegada
dos africanos para a realização do trabalho pesado no Brasil colônia, teve
inicio a escravidão em nosso país. A precariedade de sua vinda e estadia nas
senzalas era tamanha que a vida dos negros pouco valia. Dependentes de seu
esforço e atributos físicos, em muitos momentos as escravas negras “serviam”
aos seus senhores, sofrendo abusos sexuais constantes.
A lei Áurea foi sancionada
no século XIX, no ano 1.888, momento histórico e de enorme avanço social.
Passados mais de 100 anos dessa conquista contra o racismo e preconceito, ainda
nos dias atuais presenciamos cenas que nos remete ao período colonial. No
ultimo sábado, assistimos atônitas ao que parece um retrocesso ao respeito e ao
direito de ser humano.
Nessa nação em que se
proclama miscigenada e sem preconceitos, testemunhamos a bela Tais Araujo ser
hostilizada em sua pagina do face. A estonteante atriz global que é conhecida
nacionalmente por sua beleza e competência sofre racismo, imagine o pobre
mortal distante desse universo? Pense em outras mulheres e homens afrodescendentes
que vivem longe da fama e do glamour?
Infelizmente, convivemos em
uma bolha hipócrita em que tudo se diz aceitar e o que vemos é uma realidade
distinta e absurda. Sofremos calados a segregação imposta pela cor.
E o que
significa um tom de pele distinto se o que possuímos de mais belo se encontra
dentro do peito?
Como podemos combater essa
ferida aberta que não consegue cicatrizar? A resposta que a Tais proclamou não
poderia ser mais bonita e universal: o amor!!!! E somente, através dele podemos
falar sem abrir ainda mais o que parece padecer diante de nos.
Queremos proferir o nosso mais
sincero pesar e descontentamento diante dessa realidade ainda visível e
lacerante. Que o futuro possa ser mais justo e melhor, que os filhos dessa
geração consigam encontrar o que hoje parece tão distante e utópico.
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