Neblina


Estou tão iludida que não sinto o sofrimento dos que estão ao meu redor? 

Percorro serena sem dedicar sentido ao que está perante à janela? 

Vivencio um frescor distinto daqueles que estão em meu entorno? Antevejo permanecer no novelo sem fim das sensações desconexas. 

Exploro elucidações, entretanto minha alma me ilude e desabo no abismo das oscilações que cercam o meu intimo. Bloqueio o mirante, mas jamais ignoro a agonia oculta. Trilho em busca da realidade camuflada no covil da minha existência. Porventura será mais sensato a ignorância à percepção da sinuosa luz?

Ignoro ou luto?




Nenhum comentário:

Postar um comentário