Sem rumo


Durante muitos anos o povo sírio tem enfrentado privações e tortura emocional, que assola e ameaça toda uma cultura. A guerra civil que já gerou milhares de vitimas traz consequências traumáticas e uma busca incessante por uma solução que nem sempre é a mais aceita.






Quando tudo parece perdido e nada mais existe para suportar a dor obscura, a única saída é retirar-se com a família para um lugar onde se possa viver em paz. E afinal, o que é a paz para aqueles que são clandestinos de sua própria história? O que fazer quando não resta nada além do sofrimento? 

O que fazer com a dor que se instala no peito? Qual a solução quando a higiene, o conforto e alimentação estão por um fio? 

O vazio da alma e a desolação se instalam. O medo do desconhecido e da falta de perspectivas é algo angustiante. A família se une e com um objetivo comum vivem a margem do desconhecido. Os países vizinhos negam abrigo e o que parecia um desfecho torna-se um inconveniente. Afinal, aonde abrigar milhares de refugiados sedentos de amor?

Na ultima semana vimos uma noticia que comoveu o mundo pela sua peculiaridade e estertor. Um menino sírio foi encontrado morto no mar da Grécia. Esse retrato remoto, não é raro, mas a imagem que percorreu todos os veículos de comunicação amplificou e nos trouxe a tona uma realidade que queremos externa aos nossos pensamentos. Somente o seu pai sobreviveu, e o seu corpinho sobre a areia trouxe uma visão tortuosa do que significa a desesperança de um povo que escapa de si mesmo.

O que fazer quando a rejeição e privação de um futuro digno percorrem a subsistência? Uma conferência em Genebra no inicio do ano ficou impotente diante do caos. Imagine grandes potencias mundiais em busca de um elo perdido sem a possibilidade do tão aguardado socorro. As vítimas de um ditador perverso estão órfãos do próprio sistema. E sem uma resposta, encontram escapatória no país mais próximo.  

A guerra amedronta e os terroristas dominam a nação que teme o amanhã.  Sobreviver onde estão, será pior do que ser imigrante ilegal em um estado que não recebe aqueles que fogem do suplício? Seres insensíveis buscam na guerra o alívio para a maldade, não existem razões para as atrocidades cometidas em tempo de tormenta.


Mentes doentias que com sangue frio vivem para destruir vidas de inocentes que já não possuem um lar. Carregam a missão de levar o mal e a destruição por onde percorrem. Dizem que os conflitos são financiados pelas nações capitalistas que procuram fortuna em terras desfavorecidas. Infelizmente parece ser história vinda de filme de terror em que o final é sempre um pesadelo indesejado. 





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