Sem Rumo




Sinceramente, tenho ficado muito triste ao percorrer algumas ruas em Belo Horizonte. Percebo a crescente população que vive nas ruas da capital. 

Hoje, visualizamos pessoas vagando sem rumo nas esquinas. Em alguns casos, possuem local fixo para passar a noite e saem para se alimentar e trabalhar durante o dia. Parece (não tenho dados estatísticos que comprovem a minha percepção) que uma determinada parcela populacional crescente, está cada vez com menos recursos financeiros e acaba tornando a rua o seu lar. 

Em sua maioria são homens, de idades e etnias variadas que visivelmente se alimentam e vivem precariamente. Esse retrato de nossa sociedade me amedronta, afinal, se sua presença é cada vez mais constante, temos que conviver com o que fere a alma de qualquer ser humano com um pouco de sangue nas veias.

Devemos fazer a nossa parte e me pergunto qual é a maneira de ajudar aqueles que vivem como farrapos humanos?

Alguns sobrevivem a margem do que poderiam ser. Vivendo como flagelos humanos que seguem sem rumo e/ou expectativas. A realidade triste daqueles que seguem e tornam-se escravos de seus vícios ou simplesmente de sua situação paupérrima.

Alguns andam em bandos servindo de apoio emocional e se relacionam conforme acreditam ser a melhor opção. Em determinados momentos o ócio propicia o vício que transforma o homem em bicho. E permanecer vivo é apenas uma distração sem motivos ou razões.

Queria acordar e um dia perceber que tudo foi simplesmente um pesadelo e que todas as pessoas têm condições mínimas para sobreviver.


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