Inquietude


                

Muitas vezes nos pegamos agitadas, quando o coração parece sair pela boca, uma sensação de contrariedade não nos deixa, a inquietude parece crescer. Parece não Não há razão, outras vezes lutamos contra a causa. Não controlamos nossos sentimentos, apenas tentamos ser racionais para evitá-los. 
A racionalidade nos impulsiona a seguir e a enfrentar nossos medos, o real nos prende ao correto e não ao prazeroso. Temos discernimento e por isso sofremos com as hipóteses. Acreditamos no verdadeiro e evitamos ao máximo as dúvidas, mas elas sempre estarão presentes, podendo por vezes nos atrapalhar e causar a inquietude no coração. Nada nos passa despercebido, pelo menos não as razões que nos importam. 
Mas ainda nos pegamos fraquejando, sabemos o caminho ideal a seguir e choramos internamente por não seguir o outro caminho. Nossa mente agitada nos põe a questionar os sistemas, as pessoas, as relações. Nos tornamos céticas e convivemos com o receio de viver. Esquecemos os problemas durante o dia, aliás, são tantos outros a resolver. Mas a noite o coração retorna aos pensamentos, nossos desejos voltam a borbulhar, queremos mas não podemos, ou podemos mas não queremos. Vamos vivendo, vamos lutando e tentando persuadir os pensamentos. 
O mundo repentinamente parece um potencial, fica em estado de latência, a realidade passa a ser nossa imaginação. Sonhamos e nos movimentamos. Traçamos metas, as quebramos. Mudamos de ideia, adormecemos. 

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