Pensar que somos frágeis e que a vida é finita é algo que só pensamos quando estamos doentes ou alguém adoece na família. Geralmente, assuntos ligados a morte e a dor são adiados ou nunca pronunciados quando estamos gozando de plena saúde. Talvez reconhecer as nossas limitações seja natural aos seres humanos, mas pensar nisso não. A dor de ter um ente querido em um leito ou com uma doença grave nos leva ao desespero. Sofremos, questionamos Deus, queremos a infinidade. Somos egoístas, queremos ter todos ao nosso lado. Queremos ter a certeza que nada vai mudar e vamos permanece sempre juntos. Mas já nascemos com uma certeza: que um dia iremos morrer. Essa triste constatação nos assola e amedronta, talvez se começássemos a perceber que o ciclo natural chega para todos nós pudéssemos suportar as nossas perdas com mais dignidade. Ou quem sabe precisamos nascer de novo com um novo olhar diante da morte para poder suportar a simples constatação do inevitável.
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