Dor: Suportável ou Supervalorizada?


Ao longo da vida vivenciamos momentos distintos de exposição aos efeitos da dor, em menor ou maior intensidade, aprendemos a evitá-la, a ignorá-la ou a temê-la.
Conhecemos alguns de seus mecanismos e desenvolvemos técnicas de resistência. Sabemos que é uma sensação promovida por nosso sistema nervoso e que não necessariamente será física, podendo ser também emocional.

Pode estar intimamente ligada ao prazer, seja pela expectativa do alívio, seja pela carência emocional suprida pela sensação e atenção recebida no cuidado. Há que viva em sua função, e sem ela o estímulo vital desaparece. Há quem a deixa tomar conta de si, há quem se entrega, há quem não consegue viver, senão na sua companhia, deixando outras sensações escondidas atrás de um sofrimento constante – Seria a dor então, supervalorizada?

Parece ser esta a explicação da existência de limiares de dor diferentes entre as pessoas. Mesmos estímulos, em iguais intensidades, podem ser sentidos de formas diferentes, dependendo do controle pessoal. Mecanismos internos de enfrentamento podem ser mais eficazes que outros – E nesse caso, seria a dor então, suportável?
Suportável ou supervalorizada, de nada adianta um corpo em sofrimento e uma mente saudável, nem mesmo o contrário.  Só nos resta alcançar a calma e paz interiores para uma busca incessante pelo equilíbrio.




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