Nota sobre o pessimismo

Em meio ao quadro de crise sistêmica que vem acometendo os brasileiros, corrupção epidêmica na política, aumento da inflação, decadência do mercado financeiro, banalização da saúde e da educação, enfim, diante de tanta notícia ruim com as quais nos deparamos diariamente, por meio das mais diversas fontes, indagamos sobre onde encontrar a força para manter o otimismo e a esperança por um futuro melhor. 


Se hoje vivemos em uma encruzilhada econômica que coloca em risco os empregos e destrói os sonhos profissionais, como encontrar ânimo e força para sobreviver e ainda planejar o futuro? Ora, temos plena consciência de que estamos apenas no início de uma fase social complicada, a qual, de fato, nos alcançará em algum momento, seja na queda do poder de compra, seja no temido desemprego que já assombra conhecidos e amigos. 

Certo é que o desespero e o descrédito não são - nem de longe - a solução, simplesmente porque o pessimismo libera energias negativas e estas, por conseguinte, geram ineficácia. 

Não se trata de viver alienado no mundo da lua, de acreditar no impossível, ou de ignorar os fatos. Pelo contrário, somos realistas e pés no chão, embora encaremos o otimismo como uma arma poderosa.

Acreditamos na influência do pensamento nas ações e que nada acontece por acaso, mas fruto de muito sacrifício e trabalho. E se vivemos num estado econômico em que temos que rebolar para pagar as contas, calcular e recalcular para bancar nossos sonhos materiais, nos forçamos à conclusão de que somos uma geração naturalmente forte o suficiente para sobreviver. 

Nascemos e crescemos em um período de liberdade e prosperidade econômica, e exatamente por isso sentimos tamanho impacto. Ao projetarmos o caminho trilhado por nossos pais, percebemos que teremos que ralar o dobro para alcançar o emprego trivial, estudar e especializar o dobro para mantê-lo e, finalmente, rezar muito para que tudo dê certo. Nesse sentido nos deparamos com a palavra fé, há tanto tempo esquecida em nosso cotidiano e vocabulário, simplesmente porque o futuro era certo e previsível, mas pisamos no chão e constatamos a transição. 

A fé está em pauta novamente, não para acreditar que por osmose e ladainha tudo se resolverá, mas para acreditar que o sacrifício vai valer a pena e que alcançaremos sim os resultados. Reclamar nos aproxima da decepção. Chorar pelo leite derramado nos consome o entusiasmo. Falar dos problemas os torna gigantes! Desacreditar endurece nossos corações. O pessimismo destrói nossos sonhos. E do que somos feitos senão de sonhos? É hora de arriscar, entrar de cabeça, mudar de profissão, girar a roda da vida, virar a página. É hora de dar valor à dificuldade e acreditar que somos os capazes! Nada acontece sem um motivo e, não temos nada a perder! É hora de usar a criatividade e colocar em prática aqueles projetos que até hoje não saíram da imaginação, criar formas e soluções, vender dinamismo e adrenalina. Enfim, é hora de parar de reclamar, encarar o horizonte, encher o peito de paz e entrar de coração nessa vida que está passando...e rápido!


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