Historicamente, o papel
feminino na sociedade era de submissão e dedicação total à família. Mulheres
que viveram nos séculos passados mantinham-se presas aos ideais masculinos,
realizando tudo o que lhe era imposto e permitido. Sofriam preconceito de
gênero e o direito ao voto foi conquistado recentemente. Aos poucos fomos
conquistando dignidade social.
Atualmente, ainda sofremos
pressões: familiares, profissionais, sociais e temos validade natural. Em todos
os momentos a sociedade exige que estejamos sempre belas e esculturais,
convivemos com beldades e garotas novinhas são endeusadas. Na família somos o
exemplo em todos os momentos: “minha filha você já é uma mocinha deve se
comportar”.... enquanto os marmanjos vão para as farras com o aval de todos.
Profissionalmente somos estatisticamente
mais graduadas, e ganhamos menos, convivemos com eternas comparações. Apesar de
todos os esforços ainda podemos sofrer assédio sexual, sem que essa prática
seja repudiada por alguns colegas.
Chegada à hora da
maternidade devemos estar atentas ao nosso relógio biológico, esse também é
implacável conosco.
Conviver com as responsabilidades de ser mulher nem sempre
é tarefa fácil. Absorvemos todas as tensões e responsabilidades desde o nosso
nascimento até a nossa morte. Mas engana-se quem pensa que mesmo com todas
essas situações queremos ser de outra maneira.
Gostamos de mudar os
cabelos, pintar nossas unhas a cada semana com uma nova cor, amamos ter
diversas opções para desfrutarmos um modelo diferente a cada estação.
Podemos
falar o que quisermos com as nossas amigas sem ter o estigma de soar estranho.
Amamos andar de salto e ter uma visão privilegiada de cima deles. A maquiagem
transforma a nossa alma e nosso rosto conforme a nossa vontade.
Vamos às ruas e lutamos
pelos nossos ideais, contra a ditadura da beleza, contra racismo, contra a intolerância.
Invadimos nuas, locais públicos para reivindicar melhores condições políticas.
Levantamos bandeiras e exigimos o sufrágio universal.
Ainda estamos na batalha e
muitos diretos e deveres devem ser avaliados e adquiridos, e juntas podemos
transformar o que queremos avançar.
O poder de ser mulher é
exatamente a versatilidade e transformação diante de quaisquer situações. Somos
mediadoras natas, e possuímos o talento da maternidade. Somos responsáveis pela
criação e temos o dom de carregar no ventre o fruto da união entre os casais. Optamos
pela maternidade seja essa pelas vias naturais ou não.
Somos seio, somos ventre,
somos únicas, somos transformadoras, somos educadoras, somos imprescindíveis.
Somos mulheres, temos o poder da feminilidade da luta contra os obstáculos da
vida.